segunda-feira, 19 de julho de 2010

Bolívia




Depois de dois dias em Corumbá, saí do Brasil sentido a Bolívia. O trem saiu de Porto Quijas com destino a Santa Cruz de La Sierra às 12h45min. Cheguei à estação por volta das 10h30min. Já na chegada, encontrei três brasileiros, esperando o mesmo trem. Até truco jogamos, eu e o parceiro ganhamos sem deixar dúvidas. O trem chegou no horário marcado, despachei minha bicicleta e enfim embarcamos.






O trem é confortável e as coisas funcionam. Na internet li muitos relatos, onde diziam que o trem e os serviços eram ruins. Acho que as pessoas que fazem esses relatos maldosos, muitas vezes desrespeitando um país, deveriam viajar de carro ou de avião, que por sinal na classe econômica é bem menos confortável. Ruim mesmo é o tempo que o trem leva para percorrer aproximadamente 700km em 21h.




O trem é um ótimo lugar para conhecer o povo Boliviano e parte de sua gastronomia. A vista que o trem proporciona não é das melhores e a quantidade lixo acumulada ao lado dos trilhos, jogado pelos passageiros, impressiona. Também fazem muitas queimadas.







Também é muito legal observar os vendedores ambulantes que entram no trem em cada uma das 32 estações, antes mesmo de o trem parar, já se escuta: pescado, emapanados e aí vai. Cheguei à Santa Cruz por volta das 9h e 45min. Já na saída do terminal, conheci um Boliviano que me explicou como chegar até a Faculdade. Saí pedalando e minutos depois o mesmo Boliviano parou e me deu uma carona.
No mesmo dia saí de Santa Cruz e fui para Montero, 50 km. Cheguei cansado pois, não dormi muito bem no trem. Eu estava com pouca roupa e a noite fez frio.





No caminho de Montero até Yapacany, aproximadamente 89 km choveu muito, molhei minha calça e minha sapatilha. Aqui chove muito e a previsão é para chuva nos próximos 5 dias. Dia seguinte acordei cedo, queria pedalar bastante, mas continuava a chover. Mesmo assim saí. Nos primeiros minutos eu já estava molhado e com frio, então resolvi pedalar até o meio dia sem parar.






Depois do almoço peguei uma carona de 60 km e passei a noite em um povoado muito pequeno. Procurei abrigo em vários lugares, mas não deu certo. No dia seguinte amanheceu com chuva e minha calça e tênis continuavam molhados, então resolvi pegar um ônibus ate Cochabamba. No caminho até Cochabamba passei por um lugar muito bonito, pena que chovia e não pude ver muito bem o lugar.
Abraços

sábado, 10 de julho de 2010

Correndo o Trecho ( Palavras de Agripino)

Bonito.

No segundo dia em Bonito, conheci a Gruta Azul e o Balneário Municipal, dois lugares onde a natureza não economizou em nada.


Balneário Municipal

Saindo de Bonito sentido a Bodoquena, peguei uma estrada de terra que me fez pensar em que eu estava me metendo.Esta estrada tem aproximadamente 70km e para complicar o governo federal está trabalhando na construção do asfalto;então já viu, caminhões, poeira e uma estrada cheia de pedras. O que me fez ganhar forças foram os banhos que tomei no decorrer do caminho; os rios são do estilo dos de Bonito. Nos últimos 12km peguei uma carona com um caminhão da obra até Bodoquena.

Estrada de Bonito a Bodoquena

Chegando em Bodoquena, por volta das 13h resolvi encarar mais 40km de asfalto até Miranda. A estrada era tranquila; apesar de não ter acostamento em alguns trechos, não tinha muito movimento,o que deixou esta parte mais fácil.

Na chegada em Miranda vi um hotel chamado Catarina e achei que lá eu teria um desconto ou algum patrocínio mas,não foi bem assim. O hotel estava caro (30,00) e não tinha desconto; então fui para frente. Parei na prefeitura e lá fui muito bem recebido, não lembro o nome da Senhora que me atendeu. Ela providenciou um quarto em um hotel da cidade que foi cortesia. Em contra partida prometi colocar algumas fotos do Pantanal no Blog e comentar no meu trabalho sobre o potencial turístico da região Pantaneira, que por sinal é muito promissor.

Afluente do RIo Paraguai.

No outro dia saí bem cedo, o dia prometia muitas paisagens e bichos. Na saída de Miranda passei pela Polícia Ambiental, pedi informação referente a distância e lugares de apoio. Cheguei a Corumbá por volta das 17h e atravessei uma ponte nova que cruza o Rio Paraguai. No outro lado parei em um Hotel para pescadores e o preço estava totalmente fora do que estava disposto a pagar. Depois de muita conversa negociamos por 40,00 com direito a janta, café da manhã e um passeio de barco. A pousada era muito bonita na beira do rio, com muitos pássaros e o pessoal que trabalha foi muito receptivo.

Passeio de barco

Dia seguinte acordei cedo, tomei um café da manhã reforçado e comecei a pedalar sentido ao município de Corumbá. No caminho vi alguns bichos e depois de muito tempo algumas montanhas. Chegando a Corumbá liguei para Adilson, amigo da família que conheci em Dourados. Ele me recebeu muito bem. Saímos para conhecer a cidade e na saída chegou o Schabib, que nos acompanhou. Neste passeio fomos conhecer o porto da cidade; Agripino Magalhães de 92 anos o morador mais antigo da região onde vive com Maria, sua esposa. Pessoas que carregam um conhecimento que só o tempo pode nos trazer. Agripino é um dos últimos cururueiros vivo e construtor da viola-de-cocho, instrumento utilizado no folclore local.

Um grande abraço a todos que acompanham meu Correndo o Trecho..

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mato Grosso do Sul

Entrevista na Rádio

Rio Paraná
Após dois dias de férias na casa do meu primo Alan e sua família com direito a conversa com a prefeita, entrevista ao vivo na rádio e visita a Prainha na beira do rio Paraná, sigo viagem. Alan me levou até Naviraí, um trecho sem acostamento e muitos caminhões transportando cana para fazer etanol. Pedalei algumas horas e cheguei a Carapó. Já na chegada encontro com uma galera que anda de moto do grupo XT600 e assistimos o final do jogo Paraguai contra Espanha. Esta noite passei na casa dos padres que me deram a janta e o café da manhã.


Papagaio na saída de Caarapó

No dia seguinte sai cedo e pedalei até Dourados no caminho encontrei alguns bichos: um filhote de macaco no meio da estrada com a pata quebrada e os outros macacos estavam nas árvores esperando eu sair. Tirei o macaquinho da estrada e levei-o para perto dos outros. Também encontrei papagaios em uma árvore na beira da estrada; por sorte consegui fotografar e filmar. Em Dourados fui recebido por uma família muito simpática que me deu comida, gelatina e suco. As pessoas do MS são muito hospitaleiras. Em Itaporã procurei pelo o padre e quando chego à igreja me deparo com a Sétima Festa do Porco no Rolete. Mal deu tempo para parar a bike, Ronaldo e Cesar me convidaram para entrar; conversamos um pouco, me deram água e comida e o Ronaldo ofereceu seu sítio para passar a noite.Que gentileza!






Sítio Ronaldo


Acordei bem cedo com o canto dos Papagaios, arrumei a cama tomei um café da manhã e pedalei até Maracaju. Cheguei bem cansado e com fome. Parei em uma lanchonete e pedi uma dose dupla de suco de laranja. Para adiantar um pouco a viagem, peguei uma carona com o Loro que transporta calcário de Jardim até Maracaju. Fiquei no posto esperando por ele por mais de três horas e só saímos às 19:30 sentido a Guia Lopes da Laguna; uma estrada perigosa sem acostamento e só uma parada para abastecer no meio de 115km. Chegando a Guia Lopes dormi em um hotel de caminhoneiro na beira da estrada.
Aproveitei o Hotel para descansar um pouco e dormi até às 8:30, tomei o café da manhã e pedalei até Bonito. Já na chegada parei para tomar um banho no Rio Formoso. A água tem uma temperatura agradável, é cristalina mesmo e tem muitos peixes. Sem palavras para descrever a beleza desses rios daqui.




Bonito (Rio Formoso)







Amanhã consegui uma entrada para a Gruta Azul e para o Balneário Municipal.
Um grande abraço a todos












quinta-feira, 1 de julho de 2010

PR





Já estou me acostumando com a bike cheia de bagagem e parece que estou ficando mais forte. Nos primeiros dias chegava no final da tarde e a única coisa em que pensava era deitar e ficar descansando. Agora já saio para explorar as cidades e conhecer pessoas. Tenho certeza que daqui pra frente será mais fácil.

Saí de Turvo e pedalei até Pitanga. As paisagens não mudaram muito durante o caminho: muitas lavouras e gado; as vezes dava impressão de estar pedalando no mesmo lugar. Algumas montanhas modificaram um pouco a paisagem e faziam a bicicleta ficar pesada.






Cheguei em Pitanga e fui até a rodoviária me encontrar com minha namorada, chegamos praticamente juntos na cidade. Procuramos um lugar para passar a noite e no dia seguinte tirei para descansar. Após quatro dias de pedalada, foi meu primeiro dia de folga e eu estava precisando.
No domingo saí mais tarde, aproximadamente as 10:00h e pedalei 65km até Iretama. A cidade parecia estar deserta, não havia ninguém na rua e em lugar nenhum. Cheguei faminto e não consegui comprar nada para comer; horas depois uma lanchonete abriu.



Segunda parei em Campo Mourão, uma cidade um pouco maior que as outras em que parei anteriormente. Assisti o jogo do Brasil X Chile e no dia seguinte pedalei até Goioerê. Um pouco adiante peguei uma carona até Assis Chateaubriand; um lugar bonito com muitas árvores, aliás, todas as cidades paranaenses que conheci são muito arborizadas.
Depois de Assis parei em Palotina na casa de Lucio e Marlise e seus três filhos. Família muito receptiva. Na cidade procurei uma oficina de bike para apertar os raios e em seguida fui passear de carro pela cidade com o Lucio.