Bonito.
No segundo dia em Bonito, conheci a Gruta Azul e o Balneário Municipal, dois lugares onde a natureza não economizou em nada.
Balneário Municipal Saindo de Bonito sentido a Bodoquena, peguei uma estrada de terra que me fez pensar em que eu estava me metendo.Esta estrada tem aproximadamente 70km e para complicar o governo federal está trabalhando na construção do asfalto;então já viu, caminhões, poeira e uma estrada cheia de pedras. O que me fez ganhar forças foram os banhos que tomei no decorrer do caminho; os rios são do estilo dos de Bonito. Nos últimos 12km peguei uma carona com um caminhão da obra até Bodoquena.
Estrada de Bonito a Bodoquena
Chegando em Bodoquena, por volta das 13h resolvi encarar mais 40km de asfalto até Miranda. A estrada era tranquila; apesar de não ter acostamento em alguns trechos, não tinha muito movimento,o que deixou esta parte mais fácil.
Na chegada em Miranda vi um hotel chamado Catarina e achei que lá eu teria um desconto ou algum patrocínio mas,não foi bem assim. O hotel estava caro (30,00) e não tinha desconto; então fui para frente. Parei na prefeitura e lá fui muito bem recebido, não lembro o nome da Senhora que me atendeu. Ela providenciou um quarto em um hotel da cidade que foi cortesia. Em contra partida prometi colocar algumas fotos do Pantanal no Blog e comentar no meu trabalho sobre o potencial turístico da região Pantaneira, que por sinal é muito promissor.
Afluente do RIo Paraguai.
No outro dia saí bem cedo, o dia prometia muitas paisagens e bichos. Na saída de Miranda passei pela Polícia Ambiental, pedi informação referente a distância e lugares de apoio. Cheguei a Corumbá por volta das 17h e atravessei uma ponte nova que cruza o Rio Paraguai. No outro lado parei em um Hotel para pescadores e o preço estava totalmente fora do que estava disposto a pagar. Depois de muita conversa negociamos por 40,00 com direito a janta, café da manhã e um passeio de barco. A pousada era muito bonita na beira do rio, com muitos pássaros e o pessoal que trabalha foi muito receptivo.
Passeio de barco
Dia seguinte acordei cedo, tomei um café da manhã reforçado e comecei a pedalar sentido ao município de Corumbá. No caminho vi alguns bichos e depois de muito tempo algumas montanhas. Chegando a Corumbá liguei para Adilson, amigo da família que conheci em Dourados. Ele me recebeu muito bem. Saímos para conhecer a cidade e na saída chegou o Schabib, que nos acompanhou. Neste passeio fomos conhecer o porto da cidade; Agripino Magalhães de 92 anos o morador mais antigo da região onde vive com Maria, sua esposa. Pessoas que carregam um conhecimento que só o tempo pode nos trazer. Agripino é um dos últimos cururueiros vivo e construtor da viola-de-cocho, instrumento utilizado no folclore local.
Um grande abraço a todos que acompanham meu Correndo o Trecho..